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sexta-feira, 8 de junho de 2018

No Ceará, médicos usam pele de tilápia para reconstruir canal da vagina

O Brasil se tornou o primeiro país no mundo a realizar cirurgias de reconstrução do canal da vagina usando pele de peixe – no caso, a tilápia – em substituição à pele humana. De abril do ano passado até agora, seis mulheres já foram operadas em caráter experimental e outras duas passarão pelo procedimento no fim deste mês na Maternidade Escola Assis Chateaubriand, ligada à Universidade Federal do Ceará (UFC).

Essas mulheres possuem a Síndrome de Rokitansky, uma malformação congênita rara, conhecida como agenesia vaginal e que atinge uma mulher a cada cinco mil nascidas. Nelas, a parte externa da vagina (vulva), onde ficam os pelos e os pequenos e grandes lábios, é perfeitamente normal, mas o canal interno não existe ou é curto demais. Em alguns casos, elas não têm útero, o que as impede de ser mães.

A consequência disso é que sem o canal vaginal a mulher não menstrua (pois o sangue não consegue ser eliminado) e não consegue ter relações sexuais. Por isso, geralmente a Síndrome de Rokitansky é detectada apenas na puberdade, quando a adolescente se dá conta de que não menstruou enquanto outras amigas já menstruam, ou quando ela inicia a atividade sexual, pois encontra dificuldades e dores ao manter o contato íntimo.

A jovem Maria Jucilene Moreira Marinho, de 23 anos, do interior do Ceará, foi a primeira mulher do mundo a ser submetida à técnica cirúrgica, em abril do ano passado. Ela nasceu sem o canal da vagina, sem útero e ovários e só conseguiu um diagnóstico do seu problema aos 22 anos, sete anos depois de procurar o primeiro médico por conta de fortes dores abdominais.

“Na época eu tinha 15 anos e não tinha menstruado ainda. Não me incomodava com isso, nem achava estranho. Mas passei a ter muita cólica e foi isso que me fez ir ao médico”, conta Maria. Na consulta, ao dizer que não menstruava, o médico chegou a suspeitar de gravidez e Maria foi submetida ao primeiro ultrassom. “Nesse momento perceberam que o canal era fechado, mas não sabiam explicar as razões. Fiquei desesperada”, lembra.

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Projeção do salário mínimo para 2019 está mantida em R$ 1.002

O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Esteves Colnago, afirmou, nesta última quarta-feira (6), que o governo mantém a projeção para o salário mínimo em 2019 no valor de R$ 1.002, diferentemente da estimativa de redução apontada em nota técnica da Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional. Segundo a nota, que subsidia os trabalhos da CMO, houve redução na projeção de inflação para o ano, de 3,8% para 3,5%, segundo o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 2º bimestre, o que rebaixaria o mínimo do ano que vem para R$ 998.

“A grade de parâmetros oficial é aquela que foi feita em 15 de março, essa é a que existe. Nós iremos rever mais na frente ou mais no final do ano. Nossas projeções podem mudar ao longo do ano, mas o governo não está revendo nada”, afirmou.

Por lei, o reajuste do salário mínimo é feito com base na variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) acumulada em 12 meses, acrescida da variação real do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país de dois anos anteriores. Assim, o salário mínimo de 2019 deve ser corrigido pelo INPC de 2018 e terá aumento real equivalente à taxa de crescimento do PIB em 2017, que foi de 1%. Com informações da Agência Braisl.

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