Vinte e seis cidades do Ceará devem receber, em breve, doses da vacina contra o coronavírus da Pfizer. A Secretaria da Saúde (Sesa) aprovou nesta quarta-feira (19) uma lista com os municípios que estão aptos a receber doses do imunizante e, assim, ampliar a Campanha Nacional de Vacinação.
O documento que aprova a distribuição da vacina Pfizer por outros municípios, além de Fortaleza, foi assinado pelo Secretário Estadual da Saúde, Dr. Cabeto, e pela vice-presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems), Sayonara Cidade. Além disso, conta com o aval da Comissão Intergestores Bipartitite (CIB-CE).
Os detalhes em relação a operacionalização das doses nas localidades, a data de envio e a quantidade de vacinas enviadas a cada município ainda vão ser definidas com os gestores das respectivas cidades.
A vacina da Pfizer requer condições de armazenamento especiais e em baixas temperaturas. Por esse motivo, o Ministério da Saúde (MS) havia recomendado, anteriormente, que os imunizantes da Pfizer fossem distribuídos apenas entre as capitais brasileiras. Fortaleza foi uma delas.
Confira a lista dos municípios cearenses que vão receber a vacina da Pfizer:
Acaraú; Aquiraz; Aracati; Barbalha; Baturité; Brejo Santo; Camocim; Canindé; Caucaia; Crateús; Crato; Eusébio; Horizonte; Itaitinga; Juazeiro do Norte; Icó; Iguatu; Itapipoca; Limoeiro do Norte; Maracanaú; Quixadá; Russas; Sobral; Tauá; Tianguá.
Cepa indiana: Entenda por que variante do novo coronavírus nascida na Índia é tão perigosa
A variante B.1.617 do novo coronavírus nasceu na Índia e é considerada um risco para todo o mundo. Nesta quinta-feira (20), o governo do Maranhão confirmou o primeiro caso da cepa indiana, o que preocupa pela possibilidade da variante se espalhar pelo país. Na semana passada, o governo federal já havia acatado uma recomendação da Anvisa e proibiu o pouso de voos vindos da Índia.
Mas por que ela é tão perigosa?
A cepa indiana tem três versões: a B.1.617.1, a B.1.617.2 e a B.1.617.3. Todas têm pequenas diferenças entre si. Nos laboratórios, pesquisadores identificaram que elas têm mutações importantes nos genes que codificam a espícula, como é chamada a proteína que fica localizada na superfície do vírus e que é a responsável por se conectar aos receptores das células humanas, dando início à infecção.
Entre essas mutações, uma chamada de “P681R” representa a maior preocupação. Na prática, não se sabe o que ela pode representar. Recentemente, a Índia enfrentou uma grave onda do novo coronavírus, com milhares de mortes. Existe a suspeita de que esta variante pode ter tido relação com o novo surto. Ainda não se sabe, por exemplo, se essa cepa indiana é mais transmissível, mortal ou se, no pior cenário, ela é resistente às vacinas já desenvolvidas e aplicadas na população.
"Essas mutações virais estão surgindo em cidades em que há o relaxamento das medidas de proteção e onde se acreditava que a população já estava imunizada, seja pela infecção natural ou pela vacinação", disse o virologista Fernando Spilki, professor da Universidade Feevale, no Rio Grande do Sul, ao G1.
Ou seja, é possível que essa nova variante tenha um “aprimoramento genético” que lhe permite uma maior capacidade de transmissão, invadindo o organismo do ser humano com maior facilidade. Os especialistas explicam que, desta forma, se anteriormente, para ficar doente era necessário uma quantidade alta de vírus, agora, com uma carga viral muito mais baixa, já é possível sofrer a contaminação. "É como se o vírus criasse caminhos para escapar do sistema imune e desenvolvesse maneiras de transmissão mais eficazes", complementa Spilki.
A cepa indiana já foi identificada em pelo menos 44 países, além do Brasil. No Reino Unido, houve uma subida muito forte da variante, o que ameaça a reabertura normal das atividades comerciais. Ainda não se sabe também se essa nova variante pode ser responsável por mais casos de agravamento da covid-19.


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