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quarta-feira, 22 de maio de 2024

Abril terminou com cinco mulheres assassinadas no Cariri e o ano é 11% menos violento

 

O mês de abril terminou com o registro de cinco mulheres assassinadas na região do Cariri
Demontier Tenório https://www.miseria.com.br/ (Foto: Reprodução)
Janaína e Cícera foram assassinadas em Juazeiro e Ana Helen em Nova Olinda

O mês de abril terminou com o registro de cinco mulheres assassinadas na região do Cariri mais precisamente nos municípios de Juazeiro (02), Altaneira (02) e a outra em Nova Olinda após um mês de março com duas mulheres mortas. Isso representa acréscimo de 150% no número de assassinatos contra pessoas do sexo feminino na comparação entre os últimos dois meses. Durante o ano foram uma em fevereiro, duas em março e cinco no mês passado.

Com cinco mulheres mortas no quarto mês deste ano, representa 66% a mais que abril de 2023, quando três foram assassinadas. No primeiro quadrimestre do ano já tivemos o assassinato de oito mulheres em seis municípios ou uma a menos (queda de 11%) em relação a idêntico período ano passado. Juazeiro desponta com participação de 37,5% já que três mulheres foram mortas neste município, além de duas em Barbalha, duas em Altaneira e as demais em Antonina do Norte, Nova Olinda e Brejo Santo.

No dia 4 de abril Damiana Bernardino da Silva, de 28 anos, a “Bob Esponja”, que residia na Avenida José Alves de Figueiredo no centro de Crato, foi encontrada morta por espancamento num matagal perto do estádio de Altaneira. Ela era usuária de drogas, respondia por abandono de incapaz, tráfico e já tinha sido vítima de atentado à bala no dia 14 de agosto de 2023 em Crato.

Três dias depois Cícera Pereira da Costa, de 36 anos, a “Cícera de Iramar” que residia na Rua Dom Pedro I no Centro de Altaneira, foi morta a tiros dentro de sua casa. O imóvel foi invadido por oito homens que chegaram em dois carros, derrubaram o portão e invadiram o imóvel à procura de “Deinha”, envolvido com o tráfico de drogas. Como não o encontraram, mataram sua companheira.

Já no dia 11 de abril Cícera Vitória Gomes do Nascimento, de 19 anos, que residia na Avenida Paraíba (João Cabral), foi morta a tiros dentro da casa do seu namorado Willian José da Silva, de 22 anos, na Rua Joaquim da Rocha (Pirajá) em Juazeiro do Norte. Ele também foi morto e respondia por crimes de tráfico de drogas, porte de arma, receptação e já tinha sido vítima de duas tentativas de homicídios.

No dia 15 Ana Helen Alencar Silva, de 32 anos, que residia na Rua São Francisco (Bairro Vila Alta) em Nova Olinda, foi morta a tiros dentro de sua casa por dois homens que invadiram o imóvel e já foram atirando num caso de execução sumária. Ela não respondia procedimentos criminais.

Finalmente no dia 29 de abril Maria Janaína dos Santos Alves, de 44 anos, que residia na Rua Gonçalo Alves de Paiva (Jardim Gonzaga) em Juazeiro e era agente de saúde, foi morta com um tiro durante assalto na Rua Maria Diva de Carvalho naquele bairro. Ela seguia para casa após pegar a filha na rodoviária quando foram abordadas por dois homens noutra moto. Um deles foi preso no caso Diassis Alex dos Santos Vieira, de 26 anos, o “Xela”, na sua casa na Rua Sebastião Mariano com a moto usada no crime e já responde por três assaltos. O autor do disparo foi “Yago”, ou “Veneno”.


Cabral vai depor de cadeiras de rodas na Justiça Federal

QUARTA-FEIRA, MAIO 22, 2024  NENHUM COMENTÁRIO

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB) prestou o primeiro depoimento, nesta segunda-feira (20), na Justiça Federal, desde que deixou a prisão em dezembro de 2022. Ele depôs no processo em que é acusado de repassar propina ao ex-governador Luiz Fernando Pezão (MDB). Com dores decorrentes de três hérnias, Cabral chegou a 7ª Vara Federal Criminal do Rio em uma cadeira de rodas.

Cabral prestou um novo depoimento na ação em que havia sido condenado pelo juiz Marcelo Bretas, na Operação Lava Jato, pelo pagamento de propina ao correligionário de partido, Pezão. A sentença, no entanto, foi reformada em abril do ano passado, e Pezão absolvido. O caso voltou a tramitar na primeira instância após a decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2)

Em um vídeo nas redes sociais, o ex-governador explicou porque precisou do amparo de uma cadeira de rodas para o novo depoimento.

– Estou vendo na rede uns caras de pau dizendo que eu fui prestar depoimento de cadeira de rodas hoje, mas que eu treinei também. Eu não treino há mais de dez dias. Fiz uma cirurgia no dente na segunda-feira passada, com pontos, entrou pelo osso… Façam isso não. Falta do que fazer. Fui à 7ª Vara prestar depoimento de cadeira de rodas porque senão não conseguia chegar lá – afirmou

Em outra publicação, Cabral disse que precisa passar por uma ressonância magnética e que, para isso, precisará solicitar a retirada da tornozeleira eletrônica.

– Compartilho com vocês uma situação de muita dor. Eu tive uma crise no sábado em que eu fui parar no hospital. Fui fazer uma tomografia. Estou com problemas de hérnia. Preciso fazer a ressonância, só que eu uso tornozeleira. Então, minha advogada está entrando na Vara de Execuções Penais para autorizar que eu faça a ressonância. Com a tornozeleira não dá porque estraga a máquina. Dói muito. Eu fui prestar depoimento na 7ª Vara, fui muito bem tratado, com muito respeito, mas difícil… Dói muito – afirmou.

A tornozeleira foi uma das medidas cautelares impostas ao ex-governador em dezembro de 2022, após ele deixar a Unidade Prisional da Polícia Militar em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O ex-governador também não pode se ausentar de sua residência, exceto mediante autorização da Justiça, e só poderá receber visitas de parentes até terceiro grau, advogados e profissionais de saúde.

A Justiça ainda proibiu a visita de colaboradores da Justiça, de outros investigados, em especial da Operação Lava Jato, e a realização de festas ou eventos sociais na casa onde o ex-cacique do MDB cumpre prisão domiciliar.

O ex-governador cumpria prisão preventiva desde 2016. As prisões preventivas não têm prazo definido, mas devem ser revistas a cada 90 dias pelo juiz responsável. Elas podem ser determinadas para evitar interferências em investigações ou a continuidade de crimes, por exemplo.

*AE

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