Web Radio Cultura Crato

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

PM se nega a pagar R$ 5 e mata flanelinha em Vista Alegre

Avenida Brás de Pina, em Vista Alegre, onde moradores fizeram protesto

Avenida Brás de Pina, na altura do número 2271, em Vista Alegre, onde moradores fizeram protesto
Uma briga por conta de uma vaga de estacionamento terminou com um homem morto no último sábado (09), em Vista Alegre, Zona Norte do Rio. Sérgio Souza Junior, de 40 anos, foi baleado com um tiro no peito por volta de 10h. O autor do disparo foi um policial militar que mora na região e se envolveu em uma briga por conta da vaga.
De acordo com relatos de moradores, o policial saía de um bar quando iniciou uma confusão com outro motorista que chegava para estacionar. Os dois trocaram socos antes que o militar sacasse uma arma e efetuasse disparos. Uma das balas feriu a barriga de uma das pessoas no local e a perna do flanelinha Wesley Ferreira, de 24 anos. Wesley era sobrinho de Sérgio, que foi chamado para acudir o parente e, ao chegar no local da briga, foi baleado perto do pulmão pelo policial.
Wesley passou por cirurgia no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, e retornou para casa no fim da noite. Após o crime, o PM foi levado preso para a Delegacia de Homicídios (DH) da Capital, responsável pelas investigações e não forneceu outras informações sobre o caso.
— Esse policial é conhecido aqui na área — Ele saiu do bar brigando com a mulher e já se negou a pagar flanelinhas em outras ocasiões.
Após o assassinato, amigos e familiares de Sérgio organizaram um protesto na a Avenida Brás de Pina por volta de 1h. A manifestação contou com a participação de cerca de 30 pessoas e chegou a interditar a via por 15 minutos. Cerca de dez agentes do 41º BPM (Irajá) foram acionados e desobstruíram a pista de forma pacífica.
Conhecido pelo apelido de Gangster, Sérgio mancava em função de um acidente de moto. Testemunhas relataram que ele foi morto na frente de seu filho de 12 anos

Cearense é baleado e morto com tiro na cabeça no Rio de Janeiro

Garçom foi atingido por bala perdida durante operação na Zona Norte do Rio — Foto: Reprodução
Garçom foi atingido por bala durante operação na Zona Norte do Rio

Um cearense que trabalhava em um bar foi baleado e morto a tiros na manhã do último sábado (9), na comunidade Barreira do Vasco, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Moradores denunciam que ele foi baleado na cabeça por policiais militares.
A esposa de Laércio, Ana Arlete Farias, de 25 anos, ainda estava dormindo quando recebeu a notícia. Na última vez que se falaram, por volta das 22h de sexta através de uma chamada de vídeo, Laércio disse que passaria numa loja para comprar uma sanduicheira antes de voltar para casa.
O casal é do Ceará, mas se conheceu no Rio de Janeiro e estava junto há apenas 5 meses. Tinham planos de, a partir de janeiro, começar a construir uma casa em Ipaporanga, em sua terra natal.
Testemunhas disseram que Francisco Laércio de Paula Lima, de 26 anos, voltava do trabalho por volta de 7 horas da manhã, quando foi surpreendido por policiais militares que saíram de um beco atirando e mandando quem estava na rua não correr.
Ele foi atingido com um tiro e tentou se abrigar próximo a um muro, logo em seguida foi atingido por outro disparo, desta vez na cabeça, e morreu no local. Ele estava com um copo de café e uma sacola na mão quando foi alvejado.

Comunidade protesta - Moradores se revoltaram com a morte do garçom e realizaram um protesto na comunidade. Parentes da vítima que moram no Ceará já ficaram sabendo da morte dele e preparam o traslado do corpo para o município cearense de Ipaporanga, onde mora a família.

Presos PMs que participaram de operação que resultou na morte de garçom na Barreira do Vasco

A Polícia Militar do Rio informou que estão presos os policiais da Unidade de Polícia Pacificadora da Barreira do Vasco, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio, envolvidos na operação que resultou na morte do garçom Francisco Lima, 26 anos, na manhã deste sábado (9).
De acordo com nota publicada pela corporação no Twitter na noite deste sábado, os agentes foram autuados pela Coordenadoria de Polícia Pacificadora, por desobediência de ordem e descumprimento de missão, ambos crimes militares.
A nota ressalta que "a prisão dos policiais não se baseou na morte do morador e sim pela quebra dos protocolos estabelecidos pela Corporação".
Segundo a corporação, a morte de Francisco Paula está sendo apurada pela Delegacia de Homicídios, em paralelo ao Inquérito Policial Militar (IPM) que seguirá os trâmites internos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário