Assaltantes invadiram a sede da quadrilha junina Nação Nordestina, na madrugada da quarta-feira (12), no Bairro Limoeiro, em Juazeiro do Norte. Três homens abordaram sete integrantes que estavam nos preparativos finais para a estreia e levaram R$ 1.800,00, além de relógios, televisão, celulares, roupas e um notebook com todas as músicas usadas em apresentações.
Um dos integrantes da quadrilha informou ao Sistema Verdes Mares na manhã desta quinta-feira (13), que a equipe ficou abalada com o que aconteceu e que está se esforçando para estrear nesta sexta-feira (14) em Iguatu.
Em nota, a Polícia Civil confirmou que um boletim de ocorrência foi registrado sobre o caso e que a Delegacia Regional de Juazeiro do Norte investiga o caso.
Trio armado
"Eles chegaram armados com facas e abordaram os sete integrantes. Primeiro chegaram à sala de costura e depois entraram na parte onde fica os figurinos e abordaram os outros integrantes", explicou o coreófrago e compositor João Sozinho.
De acordo com João, um dos criminosos chegou a colocar uma faca no pescoço de uma das integrantes.
Dinheiro arrecadado em campanhas
A quantia roubada foi arrecada em campanhas, rifas e bazares feitos pelos integrantes da quadrilha ao longo do ano. O dinheiro seria usado para pagar a segunda parcela dos sapatos e chapeús, para os acessórios e custear as viagens realizas em festivais.
A quadrilha tem 11 apresentações previstas em cidades diferentes em junho.
Com informações do Diário do Nordeste.
Bolsonaro demite general Santos Cruz, e outro militar assume Secretaria de Governo
O general Carlos Alberto dos Santos Cruz foi demitido nesta quinta-feira (13),da Secretaria de Governo da Presidência da República pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). O substituto será o general de Exército Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, atual chefe do Comando Militar do Sudeste, com sede em São Paulo.
Desde que chegou ao Planalto, em janeiro, o ministro se envolveu em seguidas crises com os filhos do presidente, além de um embate com o escritor Olavo de Carvalho, guru de Bolsonaro. A comunicação de governo era um dos pontos de embate.
Um integrante do Palácio do Planalto usou a expressão 'freio de arrumação' para explicar a demissão.
Santos Cruz é o terceiro ministro a cair na gestão Bolsonaro, após as quedas de Gustavo Bebianno (Secretaria Geral), por causa da crise dos laranjas, e Ricardo Vélez Rodríguez (Educação), pelas falhas de gestão na pasta.
O incômodo da cúpula militar do governo com Olavo de Carvalho cresceu à medida que se avolumaram os ataques do escritor reverenciado pelo presidente e pelo grupo ideológico que o cerca.
O ministro general reagiu às ofensas de Olavo aos militares que hoje trabalham no Palácio do Planalto, em especial o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB).
"Eu nunca me interessei pelas ideias desse sr. Olavo de Carvalho", disse Santos Cruz à Folha de S.Paulo. Nem a forma nem o conteúdo agradam a ele", afirmou. "Por suas últimas colocações na mídia, com linguajar chulo, com palavrões, inconsequente, o desequilíbrio fica evidente", criticou o ministro, em março.
Integram ainda a ala militar do Planalto os generais Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o porta-voz, Otávio Rêgo Barros, e o chefe da Secretaria-Geral, Floriano Peixoto.
Outro desgaste ocorreu em torno das disputas dentro do governo sobre regulamentação de veículos de imprensa -a Secom (Secretaria de Comunicação Social) está subordinada à pasta de Santos Cruz.
Santos Cruz concedeu entrevista no início de abril à rádio Jovem Pan na qual comentou sobre a necessidade de evitar distorções nas redes sociais.
Ele afirmou ainda que a influência das mídias sociais é benéfica, mas também pode "tumultuar". Para ele, é necessário ter cuidado com a sua utilização, evitando ataques e o seu uso como "arma de discórdia".
Bolsonaro reagiu. Em mensagem publicada em sua conta oficial no Twitter, ele escreveu que recomenda "um estágio na Coreia do Norte ou em Cuba" para quem defender uma espécie de controle do conteúdo divulgado.
O escritor Olavo de Carvalho, um dos gurus do presidente, foi explícito ao endereçar as críticas. "Controlar a internet, Santos Cruz? Controlar a sua boca, seu merda", escreveu.
A comunicação do Palácio do Planalto tem sido palco desde o início do governo de uma disputa entre o núcleo militar e os chamados "olavistas", seguidores do escritor.
Um mês antes, Santos Cruz desautorizou pedido feita pela Secom para que as empresas estatais enviassem para avaliação prévia propagandas de perfil mercadológico.
O gesto foi interpretado por assessores palacianos como a primeira crise entre o militar e o empresário Fábio Wajngarten, que assumiu recentemente a Secom na tentativa de melhorar a comunicação do governo.
Com informações da Folhapress.
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