Os ataques a carros-fortes nas estradas do Nordeste vinham aumentando nos últimos meses
A explosão dos blindados virou uma rotina nas estradas por conta da ação de quadrilhas
Uma quadrilha de assaltantes de bancos e carros-fortes, que agia no Ceará e, pelo menos, mais dois estados nordestinos foi capturada na manhã desta sexta-feira (5) durante uma megaoperação da Polícia em três cidades do interior de Pernambuco. Na ação, foi preso um dos principais bandidos da região, o assaltante Osvino Cordeiro Cruz, o “Vinva”, caçado pelos setores de Inteligência cearenses há vários anos. A quadrilha atacava cidades ao estilo do “novo cangaço”.
A operação foi desencadeada sob a coordenação da Polícia da Paraíba e atingiu as cidades de Cabrobró, Salgueiro e Santa Maria da Boa Vista. Além de “Vinva”, foram também presos os bandidos identificados como José Ary Dantas da Silva, o “Ari”; Antônio César Lacerda Leite, o “Tony”; Arnaldo Assis da Silva, Pedro de Alcântara de Sá Filho, o “Canto”; e Humberto Lopes Santana Júnior, o “Júnior Cabeção”. Todos são considerados de altíssima periculosidade.
Explodiam bancos
Conforme a Polícia, os criminosos atacavam carros-fortes no Ceará, Pernambuco e na Paraíba e assaltavam também agências bancárias nos três estados. E foi a partir de um desses assaltos que a Polícia da Paraíba deu início a uma investigação sigilosa, culminando na identificação e localização do grupo. Os criminosos explodiram a agência do Banco do Brasil da cidade de Conceição, na Paraíba, em agosto do ano passado.
O mesmo bando é suspeito de vários ataques a agências bancárias no Ceará desde o ano passado. “Vinva” era suspeito de chefiar a organização criminosa, mas sempre conseguia escapar dos cercos policiais. Em 2010 ele sofreu um grave acidente na BR-232, altura do quilômetro 448, em São José do Belmonte (PE), ocasião em que uma caminhoneta em que ele estava capotou em alta velocidade. Dois comparsas dele morreram no acidente. “Viva” sofreu fraturas mas se reabilitou, voltando ao crime junto com outros assaltantes. //////http://blogdofernandoribeiro.com.br/
Número de policiais mortos já supera os dois últimos anos
A Polícia Militar do Ceará perdeu mais um profissional esta semana. No sábado (6), foi morto o sargento José Carlos Vasconcelos, no bairro Jardim Iracema, em Fortaleza. Ainda esta semana, o soldado Francisco Gledson Matias foi morto no bairro Ellery. O número de agentes de segurança mortos preocupa a cúpula da Segurança Pública do Estado, que já criou um núcleo específico para investigar os crimes. De acordo com o levantamento da Associação de Profissionais de Segurança (APS), este ano, 10 policiais militares foram assassinados. No mesmo período em 2016, foram sete casos. Em 2015, três registros. Ao se considerar policiais civis, guardas municipais e agentes penitenciários, o número de mortos aumenta. Este ano, foram 12 profissionais de segurança. Além dos policiais militares, dois guardas municipais foram mortos. Em 2016, foram oito profissionais entre janeiro e maio: Além dos PMs, foi morto o inspetor da Polícia Civil Alisson Medeiros de Mendonça, no bairro Cidade dos Funcionários, em Fortaleza. Em 2015, o número de profissionais de segurança mortos entre janeiro e maio reduz ainda mais. Foram três profissionais. Além dos dois soldados mortos, o inspetor da Polícia Civil Tony Ítalo Lima Pinheiro foi assassinado em uma tentativa de assalto no bairro São João do Tauape. O policial foi socorrido, passou três dias internados, mas não resistiu. Recentemente, o secretário André Costa anunciou a criação do núcleo para a investigação de assassinatos de agentes de segurança no Ceará. O setor será anexado à Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). “Está sendo dada a devida prioridade em casos de mortes de policiais”, comentou o secretário, em sua rede social. André tem acompanhado os crimes de perto. Ao falar sobre a prisão dos suspeitos de matar os suspeitos de envolvimento na morte do cabo da Polícia Militar Arlindo da Silva Vieira, o titular da SSPDS causou polêmica ao declarar que seriam oferecidas duas saídas para criminosos: “Se ele quiser se entregar, a gente oferece a justiça. Se ele quiser puxar uma arma, como foi feito ontem contra nosso policial, a gente tem o cemitério para oferecer a ele. Tem a justiça e tem o cemitério, o que não pode é um bandido puxar uma arma na rua e matar um policial ou matar uma pessoa inocente”, disse. Fonte: Cnews
Nenhum comentário:
Postar um comentário