A certeza da chegada de uma 3ª onda de Covid-19 ao Ceará fica, a cada dia, mais próxima. A possibilidade é confirmada pela Secretaria da Saúde (Sesa), por especialistas ouvidos pelo Diário do Nordeste e pelo aumento da taxa de transmissão do coronavírus.
Nonato de Castro, cientista de dados e professor de Computação da Universidade Estadual do Ceará (Uece), opina que o Estado já vivencia uma nova onda de contaminações por Covid. Estudo integrado por ele aponta que a taxa de transmissão (R) cresce há 3 meses. “Até outubro, o R vinha num comportamento muito bom, chegou a 0,60. De outubro pra cá, vem numa crescente. A tendência é que passe de 1 nas próximas semanas, porque quem se contaminou uma semana atrás vai aparecer agora”, analisa. “R” é a letra que representa o termo “número de reprodução”, que indica, de forma aproximada, para quantas pessoas um paciente infectado com Covid está transmitindo o vírus. O ideal é que se mantenha abaixo de 1. Essa taxa não é divulgada oficialmente pela Sesa.
0,89 é a atual taxa de transmissão do coronavírus no Ceará, de acordo com pesquisadores da Uece. Em outubro, o “R” estava em 0,67. O pesquisador diz que é preciso observar o comportamento da disseminação da doença, na atual onda, para estimar quando será o pico. “Com a abertura no fim de ano, o relaxamento veio. Caminhamos para uma contaminação grande”, afirma. A vacinação, contudo, é um fator atenuante do cenário, ele reconhece. No início de 2021, um cálculo estatístico feito por Nonato e Antônio Vasques, também docente da Uece, projetou que o pico de casos da 2ª onda de Covid em Fortaleza seria entre os dias 12 e 22 de março. A probabilidade tinha 98% de precisão, e se aproximou do cenário real, cujo pico se estabeleceu na primeira semana de março.
Arrecadação de impostos no Ceará chega a R$ 22 bilhões e salta 21% em 2021
O Ceará arrecadou um montante total de R$ 22 bilhões em impostos ao longo de 2021, informou a secretária da Fazenda, Fernanda Pacobahyba. Com o resultado, considerado positivo pela titular da Sefaz-CE, o Estado encerrou o ano passado com crescimento de 21% em relação ao exercício anterior.
A cifra considera a arrecadação própria (de quase R$ 15 bilhões) com impostos como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto Sobre a Propriedade de Veículo Automotor (IPVA), Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD), entre outros impostos., somada às transferências da União.
Para 2022, a secretária se mostra mais pessimista. "Estamos em uma posição bem prudente. Ninguém acredita que esse ano será um ano bom para arrecadação", projeta.
Entre os motivos apontados, está justamente a arrecadação de impostos via consumo de gasolina e diesel, importante fonte de recursos para o erário que, segundo prevê a secretária, apresenta tendência de estabilização ou de queda neste novo ciclo, não havendo margem para crescimento.
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