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segunda-feira, 14 de março de 2016

Alckmin e Aécio são hostilizados em passagem na av. Paulista


Aécio Neves e o governador Alckimin estiveram na manifestação da Av. Paulista, em São Paulo, contra o Governo Dilma Rousseff, neste domingo (13) (Foto: Marcelo D. Sants/FramePhoto/Estadão Conteúdo)O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador Aécio Neves (PSDB) foram hostilizados e aplaudidos em rápida passagem pela manifestação que ocorre nesta tarde na Av. Paulista contra o governo Dilma Rousseff. Os tucanos não fizeram discursos no ato e foram chamados de “oportunistas” e “ladrão”. Enquanto um grupo de protestantes aplaudia a comitiva, outro pedia “Fora Aécio! Fora Alckmin! “O próximo é você.”
Apesar da dificuldade de locomoção, o grupo, que contou ainda com senadores e deputados da oposição, seguiu em marcha rumo à manifestação após se reunir em um hotel na região. A comitiva comandada por Alckmin e Aécio seguiu até o carro de som do Movimento Brasil Livre, um dos organizadores do protesto, e, posteriormente, foram até a Alameda Casa Branca. Caminharam por mais algumas quadras, até a Alameda Itu, onde embarcaram em uma van. Foi justamente neste trajeto que foram os tucanos foram vistos pelos manifestantes.
Aécio Neves e o governador Alckimin estiveram na manifestação da Av. Paulista, em São Paulo, contra o Governo Dilma Rousseff, neste domingo (13) (Foto: Marcelo D. Sants/FramePhoto/Estadão Conteúdo)
Houve confusão quando o grupo passou, com manifestantes e vendedores ambulantes sendo derrubados. Por cerca de 20 minutos o grupo de políticos cumprimentou e tirou selfies com manifestantes. Houve discussão no cercado do MBL, se discursava ou não no carro de som. Optou – se por não haver discurso, apesar do convite feito por integrantes do MBL.
Sobre os gritos de manifestantes em referência a citações ao seu nome na Lava Jato, Aécio disse que “todas as citações têm que ser investigadas e elas estão desmontando porque são falsas”.
O governador disse que sua primeira participação “como cidadão” em manifestações de rua pró-impeachment não compromete a relação institucional com o governo federal. “Venho como cidadão porque acho que no momento grave cada um de nós deve dar sua contribuição, ajudar o País a superar o mais rápido possível essa crise”, afirmou ele.
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Sérgio Moro divulga nota: "não há futuro com a corrupção"



O juiz federal Sérgio Moro divulgou nota neste domingo (13/03) em que afirmou considerar "importante que as autoridades eleitas e os partidos ouçam a voz das ruas" e que "não há futuro com a corrupção sistêmica que destrói nossa democracia, nosso bem-estar econômico e nossa dignidade".

Segundo Moro, autoridades eleitas e partidos devem "igualmente se comprometer com o combate à corrupção, reforçando nossas instituições e cortando, sem exceção, na própria carne".

Nas manifestações que aconteceram em todo Brasil, o juiz da Lava-Jato recebeu amplo apoio, bem como as investigações contra as autoridades envolvidas nos processos da Lava Jato.

"Fiquei tocado pelo apoio às investigações da assim denominada Operação Lavajato. Apesar das referências ao meu nome, tributo a bondade do Povo brasileiro ao êxito até o momento de um trabalho institucional robusto que envolve a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e todas as instâncias do Poder Judiciário", afirmou Moro.

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DO JUIZ FEDERAL SÉRGIO MORO

"Neste dia 13, o Povo brasileiro foi às ruas. Entre os diversos motivos, para protestar contra a corrupção que se entranhou em parte de nossas instituições e do mercado. Fiquei tocado pelo apoio às investigações da assim denominada Operação Lavajato. Apesar das referências ao meu nome, tributo a bondade do Povo brasileiro ao êxito até o momento de um trabalho institucional robusto que envolve a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e todas as instâncias do Poder Judiciário.

Importante que as autoridades eleitas e os partidos ouçam a voz das ruas e igualmente se comprometam com o combate à corrupção, reforçando nossas instituições e cortando, sem exceção, na própria carne, pois atualmente trata-se de iniciativa quase que exclusiva das instâncias de controle. Não há futuro com a corrupção sistêmica que destrói nossa democracia, nosso bem estar econômico e nossa dignidade como País.

- 13/03/2016, Sergio Fernando Moro"

(com Estadão Conteúdo)

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