sexta-feira, 4 de abril de 2025

Empresas do Ceará podem perder quase R$ 1 bilhão em exportações de aço com nova tarifa de Trump

 


Foto Natinho Rodrigues/Diário do Nordeste
Pela segunda vez neste ano, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que os produtos brasileiros vão ser taxados. No chamado "tarifaço" do "Dia da Libertação", como definido pelo mandatário estadunidense, as mercadorias do Brasil vão pagar mais 10% em impostos para entrarem no território norte-americano. 

Para produtos como aço e alumínio, isso representa uma segunda tributação, e com cenário desfavorável ao Ceará.

A medida veio menos de dois meses após o próprio Donald Trump anunciar a taxação de 25% para o aço e o alumínio importado pelos Estados Unidos de demais países, uma decisão que afetou diretamente o território cearense. Os materiais são os principais responsáveis pelas exportações do Ceará, produzidos em sua maioria na região do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp).

Somente em 2024, o aço foi fundamental para as exportações cearenses, correspondendo a 38% de tudo o que foi comercializado pelo Estado com o exterior. Desse percentual, cerca de 80% foi para os Estados Unidos.

Em termos financeiros, o Ceará exportou US$ 545 milhões (R$ 3,1 bilhões na cotação atual), sendo US$ 438 milhões para os EUA (R$ 2,5 bilhões em conversão para a moeda brasileira). Para efeitos comparativos, o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado de 2024 foi de R$ 214,6 bilhões. Somente as exportações cearenses para o território estadunidense no ano passado representaram 1,2% do PIB estadual.

Segundo promessa de Donald Trump, as novas taxações, que incluem pelo menos outros 20 países, entraram em vigor à meia-noite desta quinta-feira (3). O jornal estadunidense The New York Times aponta que o presidente dos EUA quer estabelecer uma taxa básica universal de 10% para todos os países que negociarem com o território norte-americano, e que nações como China — atual maior parceiro comercial do Brasil — deverão ser os mais afetados.

Com informações do Diário do Nordeste.

Cearenses ficaram até 28 horas em média sem energia ao longo de 2024

Foto: Davi Rocha.
Os moradores do Ceará chegaram a ficar mais de 28 horas sem fornecimento de energia ao longo de 2024. A região de Icapuí registrou o tempo mais longo sem fornecimento de energia, uma média de 28,2 horas.

O dado foi contabilizado a partir do DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora), indicador calculado e divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que considera todo o ano de 2024. Quanto maior o DEC, mais tempo os consumidores ficaram sem energia.

Também estão entre as regiões com maiores interrupções no fornecimento de energia as regiões de Beberibe, Baixo Acaraú, Aracati e Amontada.

O indicador considera os conjuntos de unidades consumidoras, sendo que cada conjunto pode atender apenas um bairro ou mais de um município. O conjunto de Icapuí, por exemplo, atende as cidades de Icapuí e Aracati.

A Aneel também estabelece um limite de duração das interrupções no fornecimento. No conjunto de Icapuí, o teto era de 12 horas, mas o DEC foi 28,2 horas.

O conjunto de Beberibe, que abrange os municípios de Beberibe, Cascavel, Horizonte, Pacajus e Pindoretama, também poderia ter no máximo 12 horas na interrupção do fornecimento de energia. Na prática, o apurado pela Aneel foi uma interrupção média de mais de 28 horas.

Já o conjunto de Baixo Acaraú, que atende cerca de 16 mil moradores de Acaraú, deveria ter no máximo 13 horas de interrupção média. O registrado ao longo de 2024 foi uma interrupção de 27,5 horas.

Veja nota da Enel Ceará na íntegra

A Enel ressalta que o Desempenho Global de Continuidade (DGC), indicador utilizado no ranking da Aneel, observa os valores apurados de duração e frequência média das interrupções de energia (DEC e FEC) das distribuidoras em relação aos limites regulatórios estabelecidos pela agência para cada concessão. 

Como estes limites variam para cada empresa, os resultados se tornam mais desafiadores em algumas concessões, não refletindo no ranking, na mesma proporção, os avanços nos números absolutos dos índices de qualidade.

As três distribuidoras da Enel no país (Enel Rio, Enel Ceará e Enel São Paulo) cumprem os seus limites regulatórios estipulados pela Aneel e registraram avanços em seus indicadores de qualidade. A quantidade de vezes em que os clientes da Enel ficaram em média sem energia foi menor em 2024 do que nos anos anteriores, assim como a duração das interrupções também foi reduzida.

Vale ressaltar ainda que entre novembro de 2024 e fevereiro de 2025, as três distribuidoras da Enel ficaram entre as 11 distribuidoras com o melhor DEC do país, mesmo considerando os desafios impostos pelo verão.

A Enel reafirma o seu compromisso com a melhoria contínua do serviço prestado a seus clientes, expressa pelo robusto plano de investimentos anunciado recentemente no país. Entre 2025 e 2027, a companhia vai investir R$ 24 bilhões em distribuição no Brasil, volume recorde de investimento nas três áreas de concessão.

Evolução da Enel Rio

2024 X 2020
DEC: redução de 19%
FEC: redução de 29%

Evolução da Enel Ceará

2024 X 2020
DEC: redução de 41%
FEC: redução de 33%

Evolução da Enel São Paulo

2024 X 2020
DEC: redução de 11%
FEC: redução de 17%

Com informações do Diário do Nordeste.

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