domingo, 9 de outubro de 2022

Morre adolescente de 15 anos baleado por colega em escola, no interior do Ceará

 

O adolescente de 15 anos baleado por um colega de escola em Sobral, no interior do Ceará, morreu neste sábado (8), após três dias internado em estado grave. Júlio César estava intubado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Misericórdia de Sobral. Ele levou um tiro na cabeça e, desde que foi admitido no hospital, médicos suspeitavam de morte encefálica.

A morte do estudante foi informada em nota de pesar pela Escola de Ensino Médio de Tempo Integral (EEMTI) Professora Carmosina Ferreira Gomes, onde ocorreu a tragédia na última quarta-feira (5). O colégio deve voltar as aulas na próxima terça-feira (6), com a sala onde os tiros ocorreram interditada.

"Neste momento de dor, a EEMTI Prof. Carmosina F. Gomes se solidariza com todos os familiares, amigos e comunidade escolar e expressa as mais sinceras condolências", publicou o perfil da instituição nas redes sociais.

Pandemia do coronavirus gera impacto na saúde mental de estudantes de medicina

Além da saúde mental da população, em geral, a pandemia de covid-19 impactou as condições dos profissionais de saúde e dos estudantes de medicina. O debate sobre o tema é importante por causa da alta prevalência de transtornos mentais que esses grupos apresentam, afirmou neste último sábado (8), a psiquiatra Grasiela Marcon, ao participar, em Fortaleza, do 39º Congresso Brasileiro de Psiquiatria, promovido pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP)

Segundo a médica, as tentativas de suicídio de colegas representam um desafio na profissão.

De acordo com Grasiela, desde 2017, percebe-se uma preocupação com os desfechos relacionados com a saúde mental. A partir daquele ano, veículos nacionais e internacionais voltados para o tema passaram a se preocupar com as possibilidades de suicídio.

Um dos casos relatados foi o de uma estudante de medicina de universidade norte-americana que, já na fase final do curso, acabou se matando, ao jogar-se do alojamento. “Foi uma comoção e levantou a questão relevante de que o suicídio acontece e, muitas vezes, acontece mais próximo do que se imagina.”

O trágico evento levou à adoção de medidas para prevenir tais situações, disse a psiquiatra. Centros de apoio psicológico e psiquiátrico começaram a se espalhar pelos campi universitários depois da morte da estudante, e os professores perceberam que, após as intervenções, caíram os índices de suicídio ou de tentativa de suicídio na instituição.

Com informações da Agência Brasil.

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