A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu neste sábado (23), o avanço da varíola dos macacos como uma emergência global de saúde. A entidade levou em consideração o cenário “extraordinário” da doença, que já chegou a 70 países. A emergência pode desencadear alertas contra a propagação do vírus e propiciar investimentos em pesquisas que investiguem as causas da doença e tratamentos eficazes.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, decidiu emitir a declaração apesar da falta de consenso entre os membros do comitê de emergência da organização. Foi a primeira vez que o chefe da agência de saúde da ONU tomou tal ação.
– Em suma, temos um surto que se espalhou rapidamente pelo mundo por meio de novos modos de transmissão sobre os quais entendemos muito pouco e que atendem aos critérios das regulamentações internacionais de saúde – disse Tedros.
– Sei que este não foi um processo fácil ou direto, e que há opiniões divergentes entre os membros do comitê – acrescentou o diretor-geral.
Embora a varíola dos macacos tenha se estabelecido em partes da África central e ocidental por décadas, a doença não era conhecida por desencadear grandes surtos fora do continente africano, ou se espalhar amplamente entre as pessoas até maio, quando as autoridades detectaram dezenas de epidemias na Europa, América do Norte e em outros lugares.
A doença já foi identificada pela ciência em 1958, mas agora médicos e pesquisadores tentam entender as causas da velocidade do novo surto e debatem a melhor forma para conter essa ameaça sem aumentar o estigma sobre os grupos mais vulneráveis ao vírus. Entre as estratégias, eles defendem campanhas de orientação focadas e vacinas.
A OMS estima que 98% dos casos de varíola dos macacos notificados em todo o mundo sejam entre “homens que se relacionam com homens” (HSH), o que engloba o grupo de gays e bissexuais, mas não se restringe a eles.
No Brasil, médicos de São Paulo relatam percepção semelhante e o boletim mais recente do Ministério da Saúde aponta que essa população corresponde a 100% dos pacientes que declararam a orientação sexual na hora do diagnóstico. Ainda não se sabe o motivo de o contágio ser maior nesse grupo.
*AE
Renan sai da prisão após pagar R$ 242 mil de fiança
A justiça concedeu liberdade provisória ao zagueiro Renan,de 20 anos, acusado de atropelar e matar um motociclista na manhã de sexta-feira (22), em Bragança Paulista. A decisão foi anunciada pelo juiz Fábio Camargo, em audiência de custódia realizada neste sábado, 23.
O atleta, de 20 anos, foi solto mediante a uma fiança no valor de 200 salários mínimos, equivalente a R$ 242 mil, além de ter que comparecer em todos os atos do processo.
– Concedo a liberdade provisória ao autuado Renan Victor da Silva, mediante recolhimento de fiança, no valor de 200 salários mínimos; além do compromisso de comparecer a todos os atos do processo, quando convocado, mantendo endereço atualizado nos autos – disse na decisão o juiz Fábio Camargo.
Ele também foi proibido de frequentar bares ou casas de shows, além de não poder sair da cidade. Segundo a sentença, ele tem até 72 horas para entregar seu passaporte à Polícia Federal.
– Proibição de frequentar bares, prostíbulos e casas de shows; proibição de se ausentar da comarca, sem autorização judicial; e, obrigação de entregar seu passaporte para a polícia federal, no prazo de 72 horas; Tudo sob pena de revogação do benefício – concluiu.
O jogador foi preso depois de se envolver em um acidente que culminou na morte de um motociclista. O caso aconteceu nesta sexta-feira (22). Segundo a Polícia Rodroviária Estadual (PRE), o atleta teria confessado que bebeu gin, ainda que ele não tenha se recusado a fazer teste etílico.
A Polícia Civil determinou a prisão com base no depoimento dos policiais, que alegaram que ele tinha odor de álcool. Horas após o acidente, inclusive, Renan fez um exame, que não constatou álcool no sangue.
Além disso, o zagueiro vai responder por homicídio culposo – quando não há intenção de matar – na direção de veículo automotor, com os agravantes de estar sob influência de álcool e não ser habilitado. Durante o período de permissão da CNH, ele cometeu uma infração grave e perdeu a habilitação.
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, a pena inicial para quem pratica homicídio culposo na direção de veículo automotor é de dois a quatro anos. Apesar disso, no caso de Renan, a pena pode ser aumentada e chegar a dez anos. Isso por causa das qualificadoras apontadas pela Polícia Civil por dirigir sob influência de álcool e não ser habilitado para dirigir. (Pleno News)
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